Tokyo time

terça-feira, 14 de julho de 2009

A incrível história de...
Juvenal...


Juvenal, como muitos, estava desempregado há meses.



Com a resistência que só os brasileiros têm, Juju (como é carinhosamente chamado pelos amigos no bairro do Bixiga, na capital paulista,
descendente de Português de 47 anos), foi tentar mais um emprego em mais uma entrevista.
Ao chegar ao escritório, o entrevistador observou que o candidato tinha exatamente o perfil desejado, as virtudes ideais e lhe perguntou:


- Qual foi seu último salário?
- 'Salário mínimo', respondeu Juvenal.

- Pois se o Senhor for contratado, ganhará 10 mil dólares por mês!
- Jura?
- Que carro o Senhor tem?

- Na verdade, agora eu só tenho um carrinho pra vender pipoca na rua e um carrinho de mão!

- Pois se o senhor trabalhar conosco ganhará uma BMW para
você e outra pra sua esposa! Tudo zero!

- Jura?

- O senhor viaja muito para o exterior?
- O mais longe que fui foi pra Belo Horizonte, visitar uns parentes...
- Pois se o senhor trabalhar aqui viajará pelo menos 10 vezes por ano, para Londres,
Paris, Roma, Mônaco, Nova Iorque, etc.
- Jura?
- E lhe digo mais.... O emprego é quase seu.

Só não lhe confirmo agora porque tenho que falar com meu gerente. Mas é praticamente garantido.
Se até amanhã (6ª feira) à meia-noite o senhor NÃO receber um telegrama nosso cancelando, pode vir trabalhar na segunda-feira com todas essas regalias que eu citei.
Então já sabe: se NÃO receber telegrama cancelando até à meia-noite de amanhã, o emprego é seu!

Juvenal saiu do escritório radiante.



Agora era só esperar até a meia-noite da 6ª feira e rezar
para que não aparecesse nenhum maldito telegrama.


Sexta-feira mais feliz não poderia haver.

E Juvenal reuniu a família e contou as boas novas.

Convocou o bairro todo para uma churrascada

Comemorativa à base de muita música.

Sexta de tarde já tinha um barril de chope aberto.
Às 9 horas da noite a festa fervia.

A banda tocava, o povo dançava, a bebida rolava solta.

Dez horas, e a mulher de Juvenal aflita, achava tudo um exagero...

A vizinha gostosa, interesseira, já se jogava pro lado do Juvenal.


E a banda tocava!

E o chope gelado rolava!

O povo dançava!


Onze horas, Juvenal já era o rei do bairro.




Gastando horrores para o bairro encher a pança.

Tudo por conta do primeiro salário.

E a mulher resignada, meio aflita, meio alegre, meio boba, meio assustada.


Às onze horas e cinqüenta e cinco minutos... Vira na esquina buzinando feito louco,
um cara numa motoca amarela...

Era do Correio!

A festa parou!

A banda calou!


A tuba engasgou!

Um bêbado arrotou!

Uma velha peidou!


Um cachorro uivou!

Meu Deus, e agora? Quem pagaria a conta da festa?

- Coitado do Juvenal! Era a frase mais ouvida.


- Joguem água na churrasqueira!

O chope esquentou!

A mulher do Juvenal desmaiou!

A motoca parou!

O cara desceu e se dirigiu ao Juvenal:

- Senhor Juvenal Batista Romano Barbieri?


- Si, si, sim, so, so, sou eu...

A multidão não resistiu...

OOOOOHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!

E o cara da motoca:

- Telegrama para o senhor...


Juvenal não acreditava...

Pegou o telegrama, com os olhos cheios d'água, ergueu a cabeça e olhou para todos.


Silêncio total.

Não se ouvia sequer uma mosca!

Juvenal respirou fundo e abriu o envelope do telegrama tremendo, enquanto uma lágrima rolava, molhando o telegrama.


Olhou de novo para o povo e a consternação era geral.
Tirou o telegrama do envelope, abriu e começou a ler.

O povo em silêncio aguardava a notícia e se perguntava:


- E agora? Quem vai pagar essa festa toda?

Juvenal recomeçou a ler, levantou os olhos e olhou mais uma vez para o povo que o encarava...

Então, Juvenal abriu um largo sorriso, deu um berro triunfal e começou a gritar eufórico.

- Mamãe morreeeeuuu! - Mamãe morreeeeuuu!!!!!!!




- Pode continuar com a festa......

2 comentários:

Sergio da Brahma disse...

Que susto, pelo menos nao vai mais sobrar cervejas....

Sabrina Sato disse...

Nossa!! Pelo menos ele nao perdeu o emprego, ne gente?! Tadinho!!

 
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